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Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Em 1927, Fernando Pessoa criava o famoso slogan para uma bebida nova, a Coca-Cola, para a introduzir no mercado português – uma tentativa frustrada dada a proibição do Estado Novo da “água suja do capitalismo” (só 50 anos depois chegaria oficialmente ao país). É a partir desse episódio que o cineasta Eugène Green (A Religiosa Portuguesa) mergulha no universo do poeta-publicitário, numa curta-metragem bem-humorada a que não faltam traços da Lisboa e de uma certa portugalidade da época. Carloto Cotta encarna Pessoa; Manuel Mozos, o patrão Moitinho de Almeida, que lhe encomenda o slogan. Diogo Dória, Alexandre Pieroni Calado e Ricardo Gross também entram no elenco. PÚBLICO
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